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Menopausa

A menopausa começa com o período chamado climatério, que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos.

É a transição da fase fértil para a fase não reprodutiva da mulher, em que os hormônios sofrem oscilações e vão diminuindo gradativamente, resultando em alguns sintomas como ondas de calor, suores noturnos, alterações de humor, distúrbios no ciclo menstrual, perda da libído, ressecamento e atrofia vaginal. A fase final do climatério é quando os ovários deixam de funcionar e ocorre a última menstruação, dando início então ao período de menopausa, que é a ausência total da menstruação, portanto do ciclo fértil.

Devido a tantas mudanças no organismo, algumas doenças podem surgir com a chegada da menopausa, por exemplo:

Osteoporose

É a perda acelerada de massa óssea, que ocorre pela ausência do hormônio estrógeno. Ela causa diminuição da absorção de minerais e cálcio, tornando os ossos porosos, podendo resultar em dores crônicas, deformidades, encolhimento, fraturas e quedas.

Depressão

Alterações de humor causadas pela oscilação de hormônios no climatério algumas vezes podem resultar em um quadro de depressão.

Insônia

Ela pode surgir até 7 anos antes da menopausa e costuma se agravar no último ano da pré-menopausa. Mulheres ansiosas ou deprimidas costumam ser aquelas com maior dificuldade para dormir;

Prolapso Uterino

Provoca sintomas como descida do útero, incontinência urinária e dor no contato íntimo. Ele é causado pela fraqueza dos músculos pélvicos, proporcionada pela baixa de estrógeno e o seu tratamento é feito através de cirurgia para reposicionamento ou retirada do útero.

Atualmente existem duas opções de terapia hormonal a serem feitas com o objetivo de amenizar os sintomas do climatério:

Terapia hormonal sistêmica

Dependendo do seu histórico pessoal e familiar, o médico deverá prescrever baixas doses de hormônios como estrógeno ou testosterona. A TRH é utilizada como opção para o tratamento de atrofia urogenital, fogachos (ondas de calor) e perda de massa óssea. A via de administração da medicação deverá ser discutida em conjunto com seu médico e deve levar em conta a melhor adaptação da paciente.

Terapia hormonal tópica

Para aliviar os sintomas de atrofia urogenital, o estrógeno pode ser administrado diretamente no canal vaginal, na forma de creme. Esse tratamento libera uma pequena quantidade de hormônio, que é absorvido diretamente pelo tecido vaginal. Pode auxiliar no tratamento do desconforto durante a relação sexual devido à diminuição da secreção vaginal, além de melhorar alguns sintomas urinários.

É fundamental realizar os exames de forma periódica e consultas de rotina após a introdução de terapia hormonal.

No entanto, se a paciente possui antecedentes ou riscos elevados de doenças como tromboembolia, câncer de mama, câncer de endométrio e doença hepática, além de apresentar sangramento vaginal não diagnosticado ou porfiria (distúrbio provocado por deficiências de enzimas), a reposição hormonal deve não deve ser aconselhada.

Para esses casos podem ser recomendadas alternativas como a prática de atividades físicas, principalmente para a prevenção de osteoporose, já que para evitar a perda óssea e de massa muscular, é necessário promover a mobilidade e manter a condição corporal. Técnicas de relaxamento, meditação e yoga também são uma ótima opção. E não menos importante, a alimentação deve ser adequada a fim de evitar o ganho de peso, já que no climatério o metabolismo desacelera.

Uma opção para tratar a atrofia vaginal, além da Terapia Hormonal, é o tratamento a laser. A atrofia vaginal acontece porque com a diminuição dos hormônios, há também uma diminuição dos nutrientes, fibras elásticas e do colágeno da mucosa vaginal.

Os principais sintomas de quem sofre com atrofia vaginal são:

  • coceira e ardor na área vulvo-vaginal;
  • corrimento e odor causado pelo aumento do ph;
  • estímulo frequente para urinar;
  • cistite recorrente;
  • falta de lubrificação e dor durante a relação sexual.

O tratamento a laser para a menopausa tem como finalidade melhorar o estado da mucosa que reveste as paredes vaginais e promover a reidratação e recuperação funcional dos tecidos vaginais, que são afetados quando o organismo para de liberar os hormônios estrógeno e progesterona. Uma das principais vantagens desse tratamento é que ele não tem os efeitos colaterais das terapias hormonais.

Não é necessária mais do que uma hora por sessão, não envolve incisões ou suturas e, por esse motivo, também não necessita anestesia, porém, se a paciente preferir, um creme anestésico pode ser usado.

Normalmente é recomendado um ciclo completo de 2 a 4 sessões, com intervalos de 30-60 dias entre elas. Porém, o número de sessões pode mudar de acordo com o nível de atrofia vaginal a ser tratada. Somente o ginecologista pode avaliar e recomendar o plano de tratamento mais adequado após um exame cuidadoso.