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Doença Inflamatória Intestinal em Gestante

A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são os tipos mais comuns de doença inflamatória intestinal (DII). Elas são crônicas, provocam inflamação e afetam diretamente o trato digestivo.

É cada vez mais comum nos depararmos com mulheres portadoras de doença inflamatória intestinal grávidas ou com grande desejo de engravidar. Isso acontece porque a idade em que essas doenças acometem as mulheres coincide com sua idade fértil.

Nas gestantes, a DII pode causar as seguintes complicações:

  • Anemia materna
  • Desnutrição materna
  • Parto prematuro
  • Restrição de crescimento do feto
  • Aumento de sangramento

Um grande problema que as portadoras dessas patologias enfrentam é o desconhecimento por parte de muitos profissionais de saúde, para não dizer preconceito, de como funciona a DII na gravidez, bem como o efeito das medicações na mãe e no feto.

Muitos trabalhos científicos mostram que, às vezes, a interrupção dos remédios é mais prejudicial do que o seu uso controlado. Cada caso deve ser analisado individualmente e a conduta deve ser definida em um consenso entre o paciente, o obstetra e o gastroenterologista.

O ideal é que a paciente engravide quando não estiver com a doença em atividade. Isto vai diminuir o risco das complicações citadas anteriormente.

O tratamento das doenças inflamatórias intestinais teve grande evolução nas últimas décadas com a introdução de novos medicamentos, principalmente os biológicos. Desse modo, com a melhora da qualidade vida um número maior de pacientes querem, podem e devem optar pela gestação.

Fertilidade e DII

A maioria das portadoras de DII não têm sua fertilidade alterada pela doença. Somente aquelas com cirurgias abdominais prévias e que podem ter problemas com aderências, obstruindo as trompas. Ainda assim, essas pacientes podem se beneficiar da técnica de reprodução assistida.